Um pouco da minha razão, um pouco do meu coração e um pouco da minha alma. (E agora um pouco da minha crise de vestibulanda, rsrs.)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O banqueiro anarquista

"Tínhamos acabado de jantar. Defronte de mim o meu amigo, o banqueiro, grande comerciante e açambarcador notável, fumava como quem não pensa. A conversa, que fora amortecendo, jazia morta entra nós. Procurei reanimá-la, ao acaso, servindo-me de uma idéia que me passou pela meditação. Voltei-me para ele, sorrindo.

- É verdade: disseram-me há dias que V. em tempos foi anarquista...

- Fui, não: fui e sou. Não mudei a esse respeito. Sou anarquista.

- Essa é boa! V. anarquista! Em que é que V. é anarquista?... Só se V. dá à palavra qualquer sentido diferente...

- Do vulgar? Não; não dou. Emprego a palavra no sentido vulgar."

(Fernando Pessoa)

Um comentário:

  1. Não conhecia esse texto do fernando pessoa! vc sempre trazendo luz a minha mente.rsrsrs texto revelador e reflexivo pra todos nós. o sentido das palavras, a ação de nossos atos e aprecepção do que as pessoas têm de nós caminhão numa linha tênua entre o verdadeiro e o inverídico (o falso). beijão

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"Quem quer amar a vida, E ver os dias bons, Refreie a sua língua do mal, E os seus lábios não falem engano."
(1Pe 3.8)

Obrigado por comentar."